É a autobiografia de Jean-Dominique Bauby.
Jean-Dominique Bauby era um jornalista talentoso, Redator-chefe da revista Elle francesa, tinha três filhos que quase não via, um pai inválido, que visitava anualmente, casos de amor aos quais não imprimia nenhuma paixão e o contrato para um livro que não escrevia. Então aconteceu um acidente vascular cerebral.
Aos 43 anos, Bauby ficou completamente paralisado, mas sua consciência permaneceu intacta.
Essa condição é denominada Síndrome do Encarceramento.
Sua principal característica é que o paciente retém todas as faculdades mentais: memória, raciocínio e os sentidos. O único músculo a se mover, e o meio de comunicação , era aquele que movimentava a pálpebra do olho esquerdo, seu vínculo com a vida, com os outros com o mundo.
Bauby escreveu o livro usando apenas uma pálpebra. Toda manhã, compunha na cabeça a página que ditaria. Mais tarde, sua assistente recitava o alfabeto na ordem de freqüência da língua francesa. Bauby piscava quando queria uma letra. Foi assim, letra por letra, que ele escreveu sobre sua condição. Bauby supera qualquer expectativa. Em seu mutismo, fervilha de emoções e idéias. Consegue transpô-las num estilo ora cínico, ora lírico. O habitante do escafandro se revela um prodigioso observador do ambiente, um comentarista desligado do tempo e do espaço, misturando memórias, sonhos e imaginação
O Escafandro e a Borboleta é um relato de como é estar aprisionado em seu próprio corpo... E como sua imaginação o fez livre novamente.
É um testamento em prol da liberdade do encanto da mente humana, mesmo que ela esteja encerrada na mais medonha das prisões