A sua primeira manifestação foi no terreno da pintura, mais que um estilo com características próprias comuns foi um movimento heterogêneo, uma atitude e uma forma de entender a arte que aglutinou diversos artistas de tendências diversas e diferente formação e nível intelectual. Surgido como reação ao impressionismo, frente ao naturalismo e o caráter positivista deste movimento os expressionistas defendiam uma arte mais pessoal e intuitiva, onde predominasse a visão interior do artista. "expressão"– frente à plasmação da realidade –a "impressão"–.
O expressionismo costuma ser entendido como a deformação da realidade para expressar mais subjetivamente a natureza e o ser humano, dando primazia à expressão dos sentimentos mais que à descrição objetiva da realidade. O Expressionismo distingue-se do Realismo por não estar interessado na idealização da realidade, mas em sua apreensão pelo sujeito. Guarda, porém, com o movimento realista, semelhanças, como uma certa visão anti-"Romantismo" do mundo.
Com as suas cores violentas e a sua temática de solidão e de miséria, o expressionismo refletiu a amargura que invadia os círculos artísticos e intelectuais da Alemanha pré-bélica. O expressionismo defendia a liberdade individual, a primazia da expressão subjetiva, o irracionalismo, o arrebatamento e os temas proibidos –o excitante, demoníaco, sexual, fantástico ou pervertido. O expressionismo revelou o lado pessimista da vida, a angustia existencial do indivíduo, que na sociedade moderna, industrializada, vê-se alienado, isolado. Assim, mediante a distorção da realidade visavam a impactar o espectador, chegar ao seu lado mais emotivo.
Em uma acepção mais ampla, a palavra “expressionismo” se refere a qualquer manifestação subjetiva e psicológica da criação humana.
Os impressionistas plasmavam na tela uma "impressão" do mundo circundante, um simples reflexo dos sentidos, os expressionistas visavam a refletir o seu mundo interior, uma "expressão" dos seus próprios sentimentos.
Com o advento do nazismo, o expressionismo foi considerado como "arte degenerada" relacionando-o com o comunismo e tachando-o de imoral e subversivo, ao tempo que consideraram que a sua inferioridade artística era um signo da decadência da arte moderna. Em 1937 uma exposição foi organizada em Munique com o título precisamente de Arte degenerada, visando injuriá-lo e mostrar ao público a baixa qualidade da arte. Para tal fim foram confiscadas umas 16.500 obras de diversos museus. A maioria dessas obras foram vendidas posteriormente a galeristas e marchantes, sobretudo num grande leilão celebrado em Lucerna em 1939, embora umas 5.000 dessas obras foram diretamente destruídas , supondo um notável prejuízo para a arte alemã.
Após a Segunda Guerra Mundial o expressionismo desapareceu como estilo, se bem que exercesse uma poderosa influência em muitas correntes artísticas da segunda metade de século.
Alguns expressionistas:
Paul Cézanne
Paul Gauguin
Van Gogh
Edvard Munch
Amadeo Modigliani
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