1.1.11

Debate com Deus

Quem És Tu, que te esconde atrás do parêntese do tempo?
Quem ÉS Tu, que desdenhas de nossa intelectualidade sorris de nossas loucuras?
Tens Tu o prazer de tornar os pensadores e filósofos, tímidos e os religiosos, inseguros para falar de coisas que não entendem?
És Tu o autor da vida? Criador? Todo-Poderoso?Se Tu És o todo-poderoso, por que não discutes comigo minhas inquietações?Não admites que os diminutos debatam contigo?
Proponho uma mesa redonda entre Tu, colossal, e eu, frágil! Nela depositarei minhas lagrimas e indecifráveis duvidas.
Por que te calas, Todo-poderoso?Porque sou impuro?Por que reténs Tuas palavras?Porque Tu ÉS uma ilusão do cérebro humano ou porque sou mortal, torpe, prepotente?
Onde Tu estavas na primeira fagulha do Big bang? Que pensamentos permeavam teu psiquismo?
Tu ÉS a causa fundamental ou um delírio do psiquismo humano?Mas não pode ser um delírio, pois do nada, nada se faz.
Tu Tens de ser a causa das causas.
Que instrumentos Tu usaste para brincar com a física, termodinâmica?
Se a taxa de expansão do universo um segundo após o Big bang tivesse ocorrido a uma velocidade menor do que uma em cem mil trilhões, a força gravitacional teria colapsado o universo, gerando uma grande explosão. E, se se expandisse a uma velocidade infinitesimalmente maior do que se expandiu, não se formariam estrelas e planetas.
Pensastes nisso ou o improvável ocorreu da loucura do acaso?
Que pensamentos encenavam-se em Teu intelecto no tempo antes do tempo?
Como vivias? O que Te motivava?
Estavas completamente só, onde o tudo e o nada eram a mesma coisa?
O que te distraia se não havia um átomo para observar ou uma imagem para contemplar?
Quem suportaria essa solidão, por mais alegre e bem resolvido emocionalmente que fosse?
O universo é um mero caldeirão de fenômenos físicos aleatórios, é fruto do acaso da seleção natural ou existe para encantar tua emoção e resolver tua solidão?

Do livro o semeador de ideias



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