O sonho encheu a noite
Extravasou pro meu dia
Encheu minha vida
E é dele que eu vou viver
Porque sonho não morre.
Adélia Prado
21.10.10
sonhar
13.10.10
Uma questão de ponto de vista
Quero dividir minha indignação com vocês.
Um pouco antes de viajar para Itália, eu pesquisei sobre tudo o que eu iria conhecer...
E acabei visitando alguns blogs.
Em um deles, uma mulher descrevia a visita à capela sistina como se fosse um calvário... Segue trechos de seus comentários:
“O calor é infernal, um monte de pessoas se acotovelando.”
“As pessoas são obrigadas a andar em fila, num sentido único, sem direito a se arrepender e voltar”
“quando chegam à capela sistina ficam todos espremidos, olhando para cima... um horror”
Quando terminei de ler, respirei fundo e pensei... Se eu consegui sobreviver a Rua 25 de Março na véspera do Natal... Tiraria isso de letra.
Depois que eu tive o imenso privilégio de visitar a capela sistina, em pleno verão, pude sentir que lá dentro o calor não é infernal, o ar condicionado da conta do recado (lá fora sim, faz 40 graus)
Existe sim uma multidão de felizardos andando civilizadamente em fila, com sentido único (é um sistema de segurança do museu do vaticano, justamente para evitar tumulto).
Fiquei pensando no que a mulher escreveu... Será que existiria algum maluco disposto a se arrepender e desistir da visita na última hora? (pois a capela sistina é uma das últimas salas do museu) O museu criou algumas alternativas de trajetos, um mais completo e outro mais resumido, mas nos dois, a capela sistina fica no final. E por último... É lógico que as pessoas ficam todas olhando para cima, Para onde ela queria que estivessem olhando???????
Quando saí do museu, extasiada com tamanha perfeição, percebi como as pessoas são diferentes!!!
Como alguém diante de tanto talento, beleza, perfeição consegue desprender energia para enxergar algo tão diferente? Tão amargo...
Mesmo que tudo que ela escreveu fosse a mais pura verdade... Após ver a capela sistina e pensar em Michelangelo... Seria impossível lembrar de calor, filas ou coisa do gênero.
A contemplação da capela sistina higieniza a mente, faz uma faxina na alma... apaga qualquer má lembrança.
São pessoas que não mereciam estar lá!!!! Nunca !!! Nem por um milésimo de segundo.
Saí do museu com duas certezas: A de que Michelangelo realmente tinha inspirações divina... (ele vivia afirmando isso), e que tudo na vida, é uma questão de ponto de vista.
Dica: assista “Agonia e êxtase” e “Michelangelo o divino.”
Compre seu ingresso pelo site, http://biglietteriamusei.vatican.va/musei/tickets é muito seguro.
Você paga 4 EUR. pela taxa de reserva, mas se livra de uma fila de três horas (achei a troca justa).
12.10.10
Romeu e Julieta
Oh, Romeu Romeu... Porque tinha de ser Romeu?
Renega teu pai, rejeita teu nome.
E se assim não o fizer,
Jura que me tens amor, e deixarei de ser uma Capuleto...
Não é seu nome que é meu inimigo...
O que é um Montequio? Não é mão, nem pé...
Braço, rosto ou qualquer outra parte de um ser humano... Ah, se fosse outro nome...
O que é um nome? Aquilo que chamamos rosa teria o mesmo doce e suave perfume com qualquer outro nome!
Savonarola
Girolamo Savonarola, do avô recebeu princípios cristãos que o levaram, ainda jovem, a unir-se à ordem dos pregadores de São Domingos. Em pouco tempo, Savonarola se distinguiu por sua dedicação ao estudo das Escrituras e pela santidade.
Chegou a Florença em 1490, para servir como preletor público em San Marco, a pedido de Lourenço de Médicis. As multidões logo foram atraídas a San Marco por causa de seus sermões vivos e impactantes.. Savonarola pregou contra a corrupção que reinava em todos os níveis sociais, e contra os impostos pesados exigidos por Lourenço de Médicis.
Médicis tentou abafar a voz do profeta de Florença, Pouco tempo depois, Jerônimo mandou vender todas as propriedades do convento para dar o dinheiro aos pobres. A vida dos frades passou a ser um exemplo proverbial de santidade e serviço. Savonarola era um pregador profético. Profetizou a invasão de Florença pelos franceses, e por esta razão, muitos eram arrebanhados. Não tardou para que o Papa Alexandre VI, inconformado com as mensagens de Jerônimo contra as injustiças e a imoralidade do clero, enviasse bulas de excomunhão contra ele. Savonarola, com apoio do governo florentino, não aceitou a excomunhão afirmando que não era válida, pois baseava-se em supostas heresias que ele não pregara.
O Papa mandou Jerônimo calar, o que este fez provisoriamente; no entanto, usou a imprensa para divulgar os seus sermões, cada vez mais virulentos contra o clero. Quando o Papa Alexandre VI tentou comprar o silêncio de Jerônimo, oferencendo-lhe o chapéu cardinalício, Savonarola retrucou: “-Não quero outro chapéu que um vermelho: vermelho de sangue”.
Após várias escaramuças, Savonarola foi preso e torturado. Três julgamentos se seguiram e o frei dominicano foi condenado sem misericórdia. Não havia ninguém que o defendesse. Fora cuspido, esbofeteado e humilhado com palavras grosseiras, condenado como “herege cismático”, apesar de nunca terem provado ou dito qual era a heresia pelo qual estava sendo acusado. Foi enforcado juntamente com outros dois seguidores da “heresia de Savonarola”, e depois queimado.
Essa é a lápide de Savonarola, local onde ele foi queimado.
Na Piazza della Signoria em Firenze.
O rapto das sabinas
Diz a lenda que, como a população de Roma era constituída só de homens, Rômulo organizou um festival a Netuno e convidou os sabinos, povo vizinho, com suas filhas e mulheres. No auge das festividades, os romanos raptaram as sabinas solteiras e viúvas, levando-as para Roma. Os sabinos atacaram Roma e, conseguiram penetrar no Capitólio. Na batalha final, as sabinas, que já se haviam habituado à sua nova vida, interferiram para impedir a carnificina entre seus pais e maridos. Graças à intervenção pacificadora das mulheres, romanos e sabinos assinaram um tratado de paz. Os sabinos, com isso, se integraram a Roma, Tito Tácio e Rômulo passaram a governar em conjunto.
essa escultura foi feita de um único bloco de mármore.
O amor por Beatrice
Dante Alighieri, poeta que definiu e estruturou o idioma italiano moderno.
A península Itálica na sua época era um mosaico de pequenos Estados que não compartilhavam sequer a mesma língua ou cultura.
Aos nove anos de idade Dante conheceu Beatrice Portinari, que seria a musa inspiradora ao longo de sua obra.
Com 16 anos ele voltou a encontrá-la e escreveu para ela o primeiro de seus famosos sonetos de amor. Dois anos depois, casou-se com Gemma, O casamento estava combinado entre as famílias desde a infância dos noivos.
O amor por Beatriz deu a partida na moda do amor romântico em italiano.
A amada morre em 1290,
A "Divina Comédia" conta uma viagem imaginária de Dante.
O poeta romano Virgílio, seu autor clássico preferido, é o guia no caminho pelo Inferno e Purgatório, onde se encontram personalidades históricas e muitos poderosos da época. No Paraíso, Dante é levado por sua amada Beatrice, a um final feliz.
Era nessa igreja simples em Firenze que Dante contemplava sua musa, Beatrice Portinari
O templo de todos os deuses
o inicio do começo do princípio de tudo
Duas figuras dominaram o fim do regime republicano e o início do Império: Julio César e Augusto. Julio César foi um político e general brilhante que usou os problemas de Roma ao seu benefício. Primeiro, ele formou uma aliança de governo com os cônsules Pompeu e Crasso, chamada de O Primeiro Triunvirato. Depois, após a morte de Crasso, ele declarou a guerra a Pompeu no senado para ganhar o controle total de Roma. Seu erro foi se proclamar ditador – uma decisão que o levou a ser assassinado.
Esse fato levantou mais 14 anos de guerra civil entre o herdeiro de César, Augusto e Marco Antonio, o segundo no poder. Ao vencer Antonio em Actium, em 31 a.C., Augusto conquistou o poder de Roma. Brilhantemente, Augusto não se proclamou ditador como Julio César, mas foi através da formação do Principado que ele conquistou o poder vitalício, fazendo o senado pensar que tinha algum poder de mando. O Império havia sido criado.
Coliseu
O Coliseu foi construído ao redor de uma arena central oval onde os gladiadores lutavam até a morte. Enquanto os gladiadores morriam, a audiência permanecia sentada em cadeiras confortáveis, colocadas em fileiras e protegidas por um enorme teto de lona. Sob os assentos e o chão da arena havia uma complexa série de quartos e passagens para guardar os animais e preparar os espetáculos.
Os gladiadores eram os jogadores de futebol da sua época, heróis adorados, apesar de não serem aceitos socialmente. Alguns eram homens livres ou aristocratas que tinham perdido sua fortuna e escolheram viver vidas curtas, porém gloriosas. A maioria, no entanto, era formada por prisioneiros de guerra e criminosos condenados. Dezenas de milhares eram enviadas à morte em combates corpo a corpo, lutando contra animais selvagens ou em simuladas batalhas navais sobre naves verdadeiras na arena inundada. A emoção era grande e a violência era derramada sobre os espectadores.
A vida é assim...
O correr da vida embrulha tudo.
A vida é assim: esquenta e esfria,
Aperta e daí afrouxa,
Sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem.
11.10.10
Pessoas e coisas
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