12.10.10

Savonarola



Girolamo Savonarola, do avô recebeu princípios cristãos que o levaram, ainda jovem, a unir-se à ordem dos pregadores de São Domingos. Em pouco tempo, Savonarola se distinguiu por sua dedicação ao estudo das Escrituras e pela santidade.

Chegou a Florença em 1490, para servir como preletor público em San Marco, a pedido de Lourenço de Médicis. As multidões logo foram atraídas a San Marco por causa de seus sermões vivos e impactantes.. Savonarola pregou contra a corrupção que reinava em todos os níveis sociais, e contra os impostos pesados exigidos por Lourenço de Médicis.

Médicis tentou abafar a voz do profeta de Florença, Pouco tempo depois, Jerônimo mandou vender todas as propriedades do convento para dar o dinheiro aos pobres. A vida dos frades passou a ser um exemplo proverbial de santidade e serviço. Savonarola era um pregador profético. Profetizou a invasão de Florença pelos franceses, e por esta razão, muitos eram arrebanhados. Não tardou para que o Papa Alexandre VI, inconformado com as mensagens de Jerônimo contra as injustiças e a imoralidade do clero, enviasse bulas de excomunhão contra ele. Savonarola, com apoio do governo florentino, não aceitou a excomunhão afirmando que não era válida, pois baseava-se em supostas heresias que ele não pregara.

O Papa mandou Jerônimo calar, o que este fez provisoriamente; no entanto, usou a imprensa para divulgar os seus sermões, cada vez mais virulentos contra o clero. Quando o Papa Alexandre VI tentou comprar o silêncio de Jerônimo, oferencendo-lhe o chapéu cardinalício, Savonarola retrucou: “-Não quero outro chapéu que um vermelho: vermelho de sangue”.

Após várias escaramuças, Savonarola foi preso e torturado. Três julgamentos se seguiram e o frei dominicano foi condenado sem misericórdia. Não havia ninguém que o defendesse. Fora cuspido, esbofeteado e humilhado com palavras grosseiras, condenado como “herege cismático”, apesar de nunca terem provado ou dito qual era a heresia pelo qual estava sendo acusado. Foi enforcado juntamente com outros dois seguidores da “heresia de Savonarola”, e depois queimado.
 Essa é a lápide de Savonarola, local onde ele foi queimado.

Na Piazza della Signoria em Firenze.


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