22.10.09

Napoleão Bonaparte


Napoleão Bonaparte


Napoleão Bonaparte Imperador da França, conquistou e governou grande parte da Europa central e ocidental. Napoleão nomeou muitos membros da família Bonaparte para monarcas, mas  não sobreviveram à sua queda. Foi um dos chamados "monarcas iluminados", que tentaram aplicar à política as idéias do movimento filosófico chamado Iluminismo. Napoleão Bonaparte tornou-se uma figura importante no cenário político mundial da época, já que esteve no poder da França durante 16 anos e nesse tempo conquistou grandes partes do continente europeu. Os biógrafos afirmam que seu sucesso deu-se devido ao seu talento como estrategista, ao seu talento para empolgar os soldados com promessas de riqueza e glória após vencidas as batalhas, além do seu espírito de liderança.


O governo do Diretório foi derrubado na França sob o comando de Napoleão Bonaparte, que, junto com a alta burguesia, instituiu o consulado, primeira fase do governo de Napoleão. Este golpe ficou conhecido como 'Golpe 18 de Brumário'.


Era napoleônica


A sociedade francesa estava passando por um momento tenso com os processos revolucionários ocorridos no país. O fim do processo revolucionário na França, com o Golpe 18 de Brumário, marcou o início de um novo período na história francesa e, conseqüentemente, da Europa: a Era Napoleônica.


Pode-se dividir seu governo em três partes:


Consulado (1799-1804)


Império (1804-1815)


Governo dos Cem Dias (1815)


Consulado


Instalou-se o governo do consulado de Napoleão após a queda do Diretório. O consulado possuía características republicanas, além de ser centralizado e dominado por militares. No poder Executivo, três pessoas eram responsáveis: os cônsules Roger Ducos, Emmanuel Sieyès e o próprio Napoleão. Apesar da presença de outros dois cônsules, quem mais tinha influência e poder no Executivo era Napoleão, que foi eleito primeiro-cônsul da República.


Criavam-se instituições novas, com cunho democrático, para disfarçar o seu centralismo no poder. As instituições criadas foram o Senado, o Tribunal, o Corpo Legislativo e o Conselho de Estado. Mas o responsável pelo comando do exército, pela política externa, pela autoria das leis e quem nomeava os membros da administração era o primeiro-cônsul.


Quem estava no centro do poder na época do consulado era a burguesia (os industriais, os financistas, comerciantes), e consolidaram-se como o grupo dirigente na França. Abandonaram-se os ideais "liberdade, igualdade, fraternidade" da época da Revolução Francesa, e mediante forte censura à imprensa e ação violenta dos órgãos policiais, desmanchou-se a oposição ao governo.



Durante o período do consulado, ocorreu uma recuperação econômica, jurídica e administrativa na França:


criou-se o Banco da França reduzindo-se a inflação , houve estímulos à produção e ao consumo interno.


 um acordo, sob aprovação do Papa Pio VII, dava direito ao governo francês de confiscar as propriedades da Igreja e, em troca, o governo teria de amparar o clero.


 Estabeleceu-se o Código Napoleônico, um Código Civil, representando em grande parte os interesses dos burgueses, como casamento civil (separado do religioso), respeito à propriedade privada, direito à liberdade individual e igualdade de todos ante a lei.


Reorganizou-se o ensino e a prioridade foi a formação do cidadão francês.


 Após uma década de conflitos gerais no país, com a Revolução Francesa, as medidas aplicadas deram para o povo francês a esperança de uma estabilização do governo. Os resultados obtidos neste período do governo de Napoleão agradaram à classe dominante francesa. Com o apoio desta, elevou-se Napoleão ao nível de cônsul vitalício, podendo indicar seu sucessor. Esta realização implicou na instituição de um regime monárquico.


 durante o governo de Napoleão, a França vendeu seus territórios na América para os recém-nascidos Estados Unidos da América. Isso permitiu a expansão das fronteiras dos Estados Unidos para o oeste.


A maior parte do dinheiro obtido na venda foi direcionada ao fortalecimento do exército francês para sua expansão territorial no continente europeu.


Império





 Em plebiscito realizado em 1804, aprovou-se a nova fase da era napoleônica com quase 60% dos votos, reinstituiu-se o regime monárquico na França e indicou-se Napoleão para ocupar o trono.


Realizou-se uma festa para se formalizar a coroação do agora Napoleão I na catedral de Notre-Dame. Um dos momentos mais notórios da História ocorreu nesta noite, onde, com um ato surpreendente, Napoleão I retirou a coroa das mãos do Papa Pio VII, que viajara especialmente para a cerimônia, e ele mesmo se coroou, numa postura para deixar claro que não toleraria autoridade alguma superior à dele. Logo após também coroou sua esposa, a imperatriz Josefina.


Concederam-se títulos nobiliárquicos aos familiares de Napoleão, por ele mesmo. Além disso, colocou-os em altos cargos públicos. Formou-se uma nova corte com membros da elite militar, da alta burguesia e da antiga nobreza. Para celebrar os triunfos de seu governo, Napoleão I construiu monumentos grandiosos, como o Arco do Triunfo que, como outras grandes obras da época, por sua grandiosidade e por criar empregos, melhorava a imagem de Napoleão ante o povo.


O Império Francês atingiu sua extensão máxima com quase toda a Europa Ocidental e grande parte da Oriental ocupadas.


Expansão territorial militar


Neste período, Napoleão realizou uma série de batalhas para a conquista de novos territórios para a França. O exército francês aumentou o número de armas e de combatentes, e tornou-se o mais poderoso de toda a Europa.


Pensando que a expansão e crescimento econômico-militar da França era uma ameaça à Inglaterra, os diplomatas ingleses formaram coligações internacionais para se opor ao novo governo francês e a seu expansionismo.A primeira coligação formada para deter os franceses era formada pela Inglaterra, Áustria, Rússia e Prússia.


os franceses usaram a marinha para atacar a Inglaterra, mas não obtiveram êxito, derrotados pela marinha inglesa. Ao contrário do malogro com os ingleses, os franceses venceram seus outros inimigos da coligação, como a Áustria, em 1805, na Batalha de Austerlitz, além da Prússia em 1806 e Rússia em 1807.


Bloqueio Continental


Na busca de outras maneiras para derrotar ou debilitar os ingleses, o Império Francês decretou o Bloqueio Continental, em que Napoleão determinava que todos os países europeus deveriam fechar os portos para o comércio com a Inglaterra, debilitando as exportações do país e causando uma crise industrial.


Um problema que afetou muitos países participantes do Bloqueio era que a Inglaterra, que já passara pela Revolução Industrial, estava com uma consolidada produção de produtos industriais, e muitos países europeus ainda não tinham produção industrial própria, e dependiam da Inglaterra para importar este tipo de produto, em troca de produtos agrícolas.


A França procurou beneficiar-se do bloqueio com o aumento da venda dos produtos produzidos pelos franceses, ampliando as exportações dentro da Europa e no mundo. A fraca quantidade de produtos manufaturados deixou alguns países sem recursos industriais.


Derrota francesa na Rússia


A aliança franco-russa é quebrada pelo czar Alexandre, que rompe o bloqueio contra os ingleses. Napoleão empreende então a campanha contra a Rússia. Sem saída a Rússia usa uma tática de guerra chamada Terra Arrasada, que consistia em destruir cidades inteiras para criar um campo de batalha favorável aos defensores. Aliada com o inverno rigoroso, a Rússia consegue vencer o Exército Napoleônico . Enquanto isso, na França, o general Malet, apoiado por setores descontentes da burguesia e da antiga nobreza francesas, arma uma conspiração para dar um golpe de Estado contra o imperador. Napoleão retorna imediatamente a Paris e domina a situação.


Invasão dos aliados e derrota de Napoleão


Tem início então a luta da coligação européia contra a França na batalha das Nações(confederação do Reno)que acabou com a derrota de napoleão. Com a capitulação de Paris, o imperador é obrigado a abdicar.


Governo dos Cem Dias


O Tratado de Fontainebleau,  exila Napoleão na Ilha de Elba, de onde foge no ano seguinte. Desembarca na França com um Exército e reconquista o poder. Inicia-se então o Governo dos Cem Dias. A Europa coligada retoma sua luta contra o Exército francês. Napoleão entra na Bélgica, mas é derrotado por uma coligação anglo-prussiana na Batalha de Waterloo e abdica pela segunda vez, pondo fim ao Império Napoleônico.


Exílio em Santa Helena


O imperador entrega-se aos Ingleses e é por estes deportado para Santa Helena, uma pequena ilha perdida no Atlântico sul, "para lá de África", como dizem os seus carcereiros. Ali, sozinho com as suas reflexões, dirá: "O infortúnio também encerra glória e heroísmo. Se tivesse morrido no trono, com a auréola da onipotência, a minha história ficaria incompleta para muita gente. Hoje, mercê da desgraça, posso ser julgado por aquilo que realmente sou."


Em 5 de Maio de 1821, com uma violenta tempestade assolando a ilha, Napoleão morre, segundo a opinião do médico que o assistiu, não de um cancro no estômago, como seu pai, mas de uma úlcera provocada por uma má dieta e, sobretudo, pela ansiedade. Um antigo companheiro de armas envolve-o no capote que usou na Batalha de Marengo.


Até hoje, não há certeza da causa da morte de Napoleão. Na década de 1960, pesquisadores investigaram sua casa na ilha de Santa Helena e encontraram restos de arsênio (veneno letal) em suas roupas, cabelo, nos móveis, pratos, talheres, etc. Então, concluiu-se que ele fora envenenado aos poucos, até sua morte.


Porém, hoje em dia, já se sabe que Napoleão tinha câncer no estômago e, provavelmente, foi tratado com um remédio da época que, possuía, em sua constituição, arsênio e solventes. Como tomou esse remédio por um período grande e constantemente, acredita-se que o arsênio acumulou-se em seu organismo.


 

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