15.10.09

Niilismo


o Niilismo  (do latim nihil, "nada") é uma doutrina filosófica e política, afirmando a existência apenas do que é perceptível pelos sentidos, negava tudo o que se fundamenta na tradição e na autoridade.


È, a ausência de finalidade e de resposta ao “porquê”. Os valores tradicionais se depreciam e os "princípios e critérios absolutos dissolvem-se". "


O niilismo convoca-nos diante da nossa própria liberdade e responsabilidade, agora não mais garantidas, nem sufocadas ou controladas por nada.


O niilismo passa a designar um movimento de rebelião contra a ordem estabelecida, o atraso, o imobilismo da sociedade e os seus valores. É com Nietzsche - assinala Pecoraro - "que a reflexão filosófica sobre o niilismo alcança o seu mais alto grau, com um pensamento radical que mostra as origens mais remotas do fenômeno, como o platonismo e o cristianismo. Assim, não só diagnostica a doença do nosso tempo, como tenta indicar um remédio". O século XX é, como ele diz claramente, "o século do niilismo que impregna a atmosfera cultural de toda uma época.


Concepção Nietzscheana de Niilismo


Niilismo passivo - Segundo Nietzsche, o niilismo passivo, ou niilismo incompleto, É a negação do desperdício da força vital na esperança vã de uma recompensa ou de um sentido para a vida; opondo-se frontalmente a autores socráticos e, obviamente, à moral cristã, nega que a vida deva ser regida por qualquer tipo de padrão moral tendo em vista um mundo superior, pois isso faz com que o homem minta a si próprio, falsifique-se, enquanto vive a vida fixado numa mentira.


Niilismo ativo - ou niilismo-completo, é onde Nietzsche se coloca, considerando-se o primeiro niilista de facto, intitulando-se o niilista-clássico Este segundo sentido segue o mesmo rumo, mas propõe uma atitude mais activa: renegando os valores metafísicos, redireciona a sua força vital para a destruição da moral. No entanto, após essa destruição, tudo cai no vazio: a vida é desprovida de qualquer sentido, reina o absurdo e o niilista não pode ver outra alternativa senão esperar pela morte (ou provocá-la). No entanto, niilismo: no momento em que o homem nega os valores de Deus, deve aprender a ver-se como criador de valores e no momento em que entende que não há nada de eterno após a vida, deve aprender a ver a vida como um eterno retorno: sem isto, o niilismo será sempre um ciclo incompleto...


 


 

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