30.8.09

Asterix e obelix




 


Asterix, é uma série de histórias em quadrinhos  criada na França por Albert Uderzo e René Goscinny no ano de 1959. Após o falecimento de Goscinny, Uderzo deu continuidade ao trabalho, apesar de Uderzo ter afirmado que não queria que ninguém continuasse a série, após a sua morte.


As histórias de Asterix foram traduzidas (até ao momento) para, 83 idiomas e 29 dialectos, incluindo português, português do Brasil e mirandês, sendo populares na Europa, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, América do Sul, África e Ásia. Porém não são muito conhecidas nos Estados Unidos da América nem no Japão


Estamos no ano 50 antes de Cristo. Toda a Gália foi ocupada pelos romanos... Toda? Não! Uma aldeia povoada por irredutíveis gauleses ainda resiste ao invasor. E a vida não é nada fácil para as guarnições de legionários romanos nos campos fortificados de Babaorum, Aquarium, Laudanum e Petibonum...


Este é o prólogo de todas as edições dos livros de Asterix, o gaulês.


O personagem reside, com seus amigos, em uma pequena aldeia na Armórica ao norte da antiga Gália, resistindo ao domínio romano. Para enfrentar as legiões, contam com a ajuda de uma poção mágica, que lhes dá força sobre-humana, preparada pelo druida Panoramix. A exceção é Obelix, que caiu dentro de um caldeirão com a poção quando ainda era bebê, e por isso adquiriu permanentemente a superforça.


 Personagens



  • Asterix, o herói Gaulês e melhor amigo de Obelix. O seu nome provém da palavra asterisque (asterisco).

  • Obelix, o distribuidor de menires e amigo de Asterix, possui força sobre-humana permanente porque caiu dentro do caldeirão de poção quando era bebê. Adora seu cachorrinho Ideiafix. Só pensa em duas coisas: comer javali e bater nos romanos. Seu nome provém do francês Obelisque obelisco e está relacionado a seu trabalho com menires.

  • Panoramix, o velho druida que aconselha Asterix, Obelix e o chefe Abracourcix, é o único a saber preparar a poção mágica. O seu nome provém da palavra panoramique (panorâmico).

  • Matasetix ou Abracurcix (no original, Abraracurcix), o chefe da aldeia. O seu nome provém do original francês à bras raccourcis (braço partido), em português evoca "abra um curso".

  • Cacofonix ou Chatotorix, (no original, Assurancetourix), o bardo. Péssimo cantor, mas bom companheiro. O seu nome provém do francês assurance tous risques (seguro contra todos os riscos).

  • Ideiafix (no original, Idéfix), o cão de Obelix. O seu nome provém do francês ideé fixe (idéia fixa).

  • Prolix o profeta charlatão. O seu nome provém de prolixo.

  • Decanonix ou Veteranix ((no original, Agecanonix), o ancião da aldeia, também conhecido como Geriatrix em algumas versões. O seu nome provém do francês age canonique (idade canônica).

  • Éautomatix ou Automatix (no original, Cétautomatix), o ferreiro que sempre critica a qualidade dos peixes vendidos por Ordenalfabetix. O seu nome provém do francês c'est automatique (é automático).

  • Ordemalfabetix ou Ordenalfabetix (no original, Ordralfabetix), o peixeiro que sempre está brigando com Automatix por causa de suas críticas. O seu nome provém do francês ordre alfabetix (ordem alfabética).

  • Júlio César, o majestoso e inteligente imperador romano, inimigo dos gauleses.

  • Boapinta ou Naftalina, (no original, Bonemine) é a mulher de Abracurcix, sempre arrependida de ter casado com este. Seu nome, no original (Bonemine), vem do francês bonne mine, significando "estar em forma", "estar bem", "disposta".

O humor de Asterix é tipicamente francês, com trocadilhos, caricaturas e estereótipos.


Asterix e Obelix encontram muitas alusões ao século XX em suas jornadas. Os godos são militaristas, lembrando os alemães dos séculos XIX e XX; os bretões são fleumáticos, educados, falam ao contrário (numa tradução direta do inglês, como "Eu peço seu o perdão?"), tomam cerveja quente e água quente com leite (até Asterix trazer o chá) e conduzem do lado esquerdo da estrada; a Hispânia é um local cheio de pessoas de sangue quente e turistas; e os lusitanos são baixinhos e educados (Uderzo disse que todo os portugueses que ele conhecera eram assim). Há também humor com franceses: os normandos comem tudo com creme, e os corsos são preguiçosos e têm queijos nauseabundos.


Exitem muitas caricaturas, como o burocrata de Obelix e Companhia baseado em Jacques Chirac. Alguns personagens que servem de alusão ao local visitado: a Cleópatra é inspirada em Elizabeth Taylor, ao visitar a Bretanha encontram-se quatro bardos famosos lembrando os Beatles, encontram na Bélgica Dupond e Dupont de Tintin, e na Hispânia Dom Quixote e Sancho Pança. Nos livros mais recentes aumentam as paródias, com o espião Zerozerosix, baseado em Sean Connery, o escravo Spartakis, baseado em Kirk Douglas, e um alienígena inspirado em Mickey Mouse.


 


 


 


 

Amadeus Mozart


 


Mozart mostrou uma habilidade prodigiosa desde sua infância . Já competente nos instrumentos de teclado e no violino, começou a compor aos cinco anos de idade, e passou a se apresentar para a realeza da Europa; aos dezessete anos foi contratado como músico da corte em Salzburgo. Ao visitar Viena em 1781 foi afastado de seu cargo em Salzburgo, e optou por ficar na capital, onde, ao longo do resto de sua vida, conquistou fama, porém pouca estabilidade financeira. Seus últimos anos na cidade produziram algumas de suas sinfonias, concertos e óperas mais conhecidas, além de seu Requiem. As circunstâncias de sua morte prematura foram assunto de diversas histórias e lendas; deixou uma esposa, Constanze, e dois filhos.


 Sua influência em toda a música ocidental é profunda. Ludwig van Beethoven compôs suas primeiras obras seguindo os passos de Mozart, sobre quem Joseph Haydn escreveu que "a posteridade não verá um talento como esse em 100 anos".


Mozart foi uma criança prodígio. Filho de uma família musical burguesa, começou a compor minuetos para cravo com a idade de cinco anos. O seu pai Leopold Mozart foi também compositor, embora de menor relevo.


 Em Londres, Mozart conheceu Johann Christian Bach, último filho de Johann Sebastian Bach, que exerceria grande influência em suas primeiras obras.



Em 1782 casa, contra a vontade do pai, com Constanze Weber. Constanze era irmã mais jovem de Aloisia Weber Lange, cantora lírica por quem Mozart se apaixonara poucos anos antes.


 nos seus últimos anos a sua produção declinou devido a problemas financeiros, à precariedade da sua saúde e da sua esposa Constanze; aliados a uma crescente preocupação do compositor em relação à sinceridade do amor que esta o dedicava e à crescente frustração com o não reconhecimento.


Em 1791 compõe suas duas últimas óperas: A Flauta Mágica e A Clemência de Tito. Na primavera desse ano, recebe a encomenda de um Requiem (K.626). Contudo, trabalhando em outros projetos e com a saúde cada vez mais enfraquecida, morre à uma hora da manhã, da madrugada de 4 para 5 de Dezembro, deixando a obra inacabada (há uma lenda que diz que o Requiem estaria sendo composto para tocar em sua própria missa de sétimo dia). Será completada por Franz Süssmayr, seu discípulo. No dia 6 de dezembro, às 15 horas, o seu corpo é levado para a Igreja de Santo Estevão para uma cerimônia sem pompa nem música. Süssmayr, Salieri e mais três pessoas acompanham o cortejo até às portas de Viena, porém o mau tempo os faz retornar. Constanze Weber, sua esposa, não quis acompanhar o cortejo pois estava deveras abalada, não saindo sequer de casa naquele dia. Mozart foi enterrado numa vala comum, no cemitério de São Marx, em Viena. Até hoje não se sabe ao certo o local exato de seu túmulo.


 


Diz-se que Mozart, ainda adolescente, foi abordado por um rapaz da sua idade que lhe perguntou como se compunha uma sinfonia. Imperturbável e seguro de si mesmo, Mozart respondeu-lhe que ainda devia deixar passar muitos anos. Irritado, o jovem retrucou: "Mas tu já compunhas sinfonias aos 10 anos!" A resposta de Mozart foi demolidora: "Sim, mas não tinha que perguntar como".


 


 

29.8.09

Tiradentes


 


 


A cidade virou sede do Festival de gastronomia e cultura, que acontece este mês em sua décima edição. De 17 a 26 de agosto, serão almoços e jantares para lá de especiais, além de uma infinidade de mostras, cursos e shows.
O tema do Festival deste ano é justamente “A História da Gastronomia” e terá como ponto forte a interação entre as cozinhas mineira e catalã. Ainda assim, um dos convidados especiais será o francês Yves Pinard, chef mundialmente famoso por seus pratos inspirados nas principais obras do Louvre.
Tradição também do festival são os chamados “festins”, quando as pousadas da cidade ficam abertas para banquetes voltados mesmo para os turistas (tanto que os preços na maioria deles vão de 125 a 175 reais) . O mais tradicional dos festins é o “A oito mãos”, no qual quatro chefs renomados fazem almoços e jantares especiais com preços a partir de 10 reais. O tema “Comida di Buteco” também faz parte novamente do festival e os oito bares eleitos estarão presentes no Largo das Forras, apresentando suas especialidades.
Mas não é só de comida que vive o festival: os shows são item essencial na opinião de quem visita a cidade nesta época: jazz e MPB fazem parte da agenda.


 

FLIP


 

Em agosto de 2003, a Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP) tornou-se a caçula da família de importantes festivais literários como Hay-on-Wye, Adelaide, Harbourfront de Toronto, Festival de Berlim, Edimburgo e Mântua. Com a presença de autores mundialmente respeitados,a FLIP já recebeu alguns dos grandes nomes da literatura mundial.

Dos brasileiros, alguns dos autores mais talentosos já estiveram na FLIP, como Ariano Suassuna, Ana Maria Machado, Milton Hatoum, Millôr Fernandes, Ruy Castro, Ferreira Gullar, Luis Fernando Verissimo, Zuenir Ventura, Barbara Heliodora e Lygia Fagundes Telles, além de ícones da cultura brasileira como Chico Buarque e Caetano Veloso.
A música brasileira, uma das maiores riquezas da nossa vida cultural, não poderia estar ausente da FLIP. Os shows de abertura, que já valeriam a ida a Paraty, ofereceram aos convidados a chance de assistir Chico Buarque, Paulinho da Viola, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mônica Salmaso, Adriana Calcanhoto e José Miguel Wisnik, Orquestra Imperial e Maria Bethânia . Vários outros eventos ocorrem simultaneamente em diversos locais,a Oficina Literária, destinada a jovens aspirantes a escritor, é realizada por grandes autores brasileiros e internacionais. Há também uma programação exclusiva para as crianças, a FLIPINHA, em que jovens estudantes de Paraty apresentam o resultado de seus trabalhos inspirados no universo literário e participam de palestras com autores convidados.Paraty é uma cidade litorânea contornada pelo mar azul-turquesa da baía da Ilha Grande e por grandes faixas intactas de mata atlântica. Localizada a aproximadamente quatro horas de carro do Rio de Janeiro e de São Paulo, esse antigo porto, de onde se enviava a maior parte do ouro do Brasil ao Velho Mundo, é uma cidade histórica que atrai muitos eventos culturais. Poucos locais poderiam ser mais agradáveis para sediar a FLIP que esta charmosa cidade. Suas ruas de pedra propiciam encontros casuais proveitosos, enquanto restaurantes e bares convidam a um bate-papo descontraído. As pousadas e os serviços oferecem excelente padrão de qualidade.

Marilyn Monroe



Sou egoísta, impaciente e um pouco insegura. Cometo erros, sou um pouco fora do controle e às vezes difícil de lidar, mas se você não sabe lidar com o meu pior, então com certeza, você não merece o meu melhor!

Marilyn Monroe

A Paz


 

A Paz , não tem preço...

Michelangelo



Em mil quinhentos e oito, Miguel Ângelo Buonarroti herda uma encomenda do papa: pintar os doze apóstolos no teto da Capela Sistina. Por este trabalho dão-lhe cinco assistentes e três mil ducados, o preço de uma casa em Florença. Ele acha que o andaime é ineficaz e deteriora o teto, por isso desenha outro muito mais astucioso, que se apóia nas paredes. Pinta quatro apóstolos, mas não fica satisfeito. Quer fazer do local algo de excepcional e propõe ao papa contar o Gênesis no conjunto da abóboda. São mais de quinhentos metros quadrados de frescos e trezentas personagens, todas elas em tamanho natural, com gestos e um papel. Miguel Ângelo só tem um assistente para preparar os enchimentos e triturar as cores. E o trabalho começa com um Inverno terrível. Faz um frio imenso, é impossível aquecer a capela. De dia pinta e de noite prepara os esboços para o dia seguinte. Durante as suas raras noites de sono dorme, a maior parte das vezes vestido e sem tirar o calçado por causa das cãibras e dos pés inchados; quando consegue fazê-lo, a pele sai agarrada ao cabedal. Leva os alimentos e o bacio consigo para o andaime para não ter que descer e trabalha até dezessete horas seguidas empoleirado a vinte e um metros de altura, de pé, com as costas dobradas para trás, o pescoço inclinado, a tinta a escorrer-lhe pelo rosto; a cada pincelada vê-se obrigado a fechar os olhos, como aprendera a fazer ao esculpir, para evitar as lascas de pedra arrancadas pelo buril. Receia ficar cego por sobrecarregar tanto os olhos e só à distância consegue ver o seu trabalho de pintor. Quando lhe dão um objeto é obrigado a olhar para o ar para identificá-lo. Recusa-se a falar seja com quem for para evitar as questões sobre o seu trabalho e proíbe o acesso à Capela Sistina até mesmo ao papa. Na rua as pessoas tomam-no por um louco, com os seus andrajos, a sua roupa manchada de tinta e o seu andar desvairado. O seu calvário dura quatro longos anos. No dia da inauguração não está presente. Está demasiado ocupado a escolher os blocos de mármore para o túmulo de Júlio II, entre os quais esculpirá o seu Moisés. A Capela Sistina faz dele um mito vivo. Os seus pares, os seus detratores, o mundo inteiro inclina-se perante o seu trabalho, que hoje, mais do que nunca, permanece uma das mais belas criações da mão humana. No entanto, Miguel Ângelo, por excesso de humildade não se considerava um pintor, mas unicamente um escultor. Tem apenas trinta e sete anos. Ainda virá a construir igrejas, a fazer a conservação de cúpulas, a desenhar lanços de escadarias, a pintar centenas de paredes, a esculpir toneladas de mármore. “Numa época em que a esperança de vida é de quarenta anos, ele morre aos oitenta e nove de buril na mão.»


Signo de Peixes






PEIXES - Entre 19 de Fevereiro e 20 de Março

"O que fôr nado em o signo de Pisces há-de tratar as artes e ciências de bem subsistir; andará muito; será fornicador, escarninho e cobiçoso; dirá uma e fará outra; achará muitas pecúnias: fiar-se-á em sua ciência; será defensor dos orfãos e das mulheres viúvas; será medroso das águas; viverá LXIII anos conforme natura.
Mulher nada em esse dito tempo será fermosa, familiar, de gesto aprazível e haverá dores de olhos; terá a dor de ser difamada; seu marido a deixará e com ele haverá ela grãs penas, terá dor de estômago e da matriz e viverá LXXVII anos conforme natura


Le Grand Almanach des Bergers ano de  1480
Afortunado dia


Em 6 de Março nasceram:

Em 1745, Miguel Angelo, arquitecto, escultor e pintor renascentista.

Em 1926, Andrzej Wajda, realizador de cinema polaco.

Em 1927, Gabriel Garcia Márquez, escritor colombiano, Prémio Nobel da Literatura em 1982.

Em 1930, Lorin Maazel, maestro e compositor norte-americano.
Em 1944, Kiri Te Kanawa, soprano neozelandesa.



Paris


 

 

Em Paris pode-se escolher qualquer caminho.

Sem medo de errar...

O Impossível


 

 

Acredite  no impossível.

ser


O desejo de ser diferente do que se é, é a maior tragédia com que o destino pode castigar uma pessoa.


 

amor


 

 

O amor move o Sol e as estrelas.
Dante Alighieri


 

 

sono


 


Tudo o que dorme é criança de novo. Talvez porque no sono não se possa fazer mal, e se não dá conta da vida, o maior criminoso, o mais fechado egoísta é sagrado, por uma magia natural, enquanto dorme. Entre matar quem dorme e matar uma criança não conheço diferença que se sinta.

Fernando Pessoa

convivência


É difícil viver com as pessoas porque calar
 é muito difícil.

Nietzsche

companhia


Odeio quem me
rouba a solidão
sem em troca me
oferecer
verdadeira
 companhia.



25.8.09

Jean Paul Sartre


 


Jean Paul Sartre  foi um filósofo francês, escritor e crítico, conhecido representante do existencialismo.  Apoiou causas políticas de esquerda com a sua vida e a sua obra.


 Sua filosofia dizia que no caso humano (e só no caso humano) a existência precede a essência, pois o homem primeiro existe, depois se define, enquanto todas as outras coisas são o que são, sem se definir, e por isso sem ter uma "essência" posterior à existência.


 De sua primeira infância ao fim da adolescência, Sartre vive uma vida tipicamente burguesa, cercado de mimos e proteção.Até os 10 anos foi educado em casa por seu avô e por alguns preceptores contratados.


 Após aprender a ler, Jean-Paul alterna a leitura de Victor Hugo, Flaubert, Mallarmé, Corneille, Maupassant e Goethe,com os quadrinhos e romances de aventura que sua mãe comprava semanalmente às escondidas do avô. Sartre considerava serem essas suas "verdadeiras leituras", uma vez que a leitura dos clássicos era feita por obrigação educacional.A essas influências, junta-se o cinema, que frequentava com sua mãe e que se tornaria mais tarde um de seus maiores interesses.


Apenas seu avô o desencorajava da escrita e o incentivava a seguir carreira de professor de letras. Sem enxergar nele o talento que os demais viam, mas conformado com o fato de que seu neto "tinha a bossa da literatura", incentivou Sartre a tornar-se professor por profissão e escrever apenas como segunda atividade. Assim, Sartre atribui ao avô a consolidação de sua vocação de escritor: "Perdido, aceitei, para obedecer a Karl, a carreira de escritor menor. Em suma, ele me atirou na literatura pelo cuidado que desprendeu em desviar-me dela".


Em 1921 retorna ao Liceu Henri IV, agora como interno. Encontra Paul Nizan e os dois tornam-se amigos inseparáveis. De 1922 a 1924, ambos estudam no curso preparatório do liceu Louis-le-Grand, onde se preparam para o concurso da École Normale Superieure. Nessa época despertou seu interesse pela filosofia. Sua primeira influência importante foi a obra de Henri Bergson.


Em 1924 ingressou na École Normale Supérieure eventos sociais, Sartre torna-se muito popular entre os colegas. Os alunos da escola se dividem em grupos de afinidades religiosas ("ateus" e "carolas"), e facções políticas: Socialistas, comunistas, reacionários, pacifistas. Sartre adere aos ateus e aos pacifistas, Sartre mantém o individualismo e o desinteresse pela política que conservaria até o fim da Segunda Guerra. No campo filosófico, além de Bergson, passou a ler Nietzsche, Kant, Descartes e Spinoza. Em 1928 presta o exame de mestrado e é reprovado. Durante o ano de preparação para a segunda tentativa,  Conhece  Simone de Beauvoir que mais tarde se tornaria sua companheira e colaboradora até o fim da vida.  Na segunda tentativa do mestrado, Sartre passa em primeiro lugar, no mesmo ano em que Beauvoir obtém a segunda colocação.[24][25]


Sartre e Beauvoir nunca formaram um casal monogâmico. Não se casaram e mantinham uma relação aberta. Sua correspondência é repleta de confidências sobre suas relações com outros parceiros. Além da relação amorosa, eles tinham uma grande afinidade intelectual. Beauvoir colaborou com a obra filosófica de Sartre, revisava seus livros e também se tornou uma das principais filósofas do movimento existencialista.


Em 1938 publica o romance La Nausée (A náusea) e a coletânea de contos Le mur (O muro). A náusea apresenta, em forma de ficção, o tema da contingência e torna-se seu primeiro sucesso literário, o que contribui para o início da influência de Sartre na cultura francesa e no surgimento da moda existencialista que dominou Paris na década de 1940.


Em 1943 publica seu mais famoso livro filosófico, L'Être et le Néant (O Ser e o Nada, que condensa todos os conceitos importantes da primeira fase de seu sistema filosófico.


Em 1964 vence o Prêmio Nobel de literatura, que ele recusa pois segundo ele "nenhum escritor pode ser transformado em instituição". Morre em 15 de abril de 1980 no Hospital Broussais (em Paris). Seu funeral foi acompanhado por mais de 50 000 pessoas. Está enterrado no Cemitério de Montparnasse em Paris. No mesmo túmulo jaz Simone de Beauvoir.


Sartre defende que o homem é livre e responsável por tudo que está à sua volta. Somos inteiramente responsáveis por nosso passado, nosso presente e nosso futuro. Em Sartre, temos a idéia de liberdade como uma pena, por assim dizer. "O homem está condenado a ser livre". Se, como Nietzsche afirmava, já não havia a existência de um Deus que pudesse justificar os acontecimentos, a idéia de destino, tal como descrita pelo cristianismo, passava a ser inconcebível, sendo então o homem o único responsável por seus atos e escolhas. Para Sartre, nossas escolhas são direcionadas por aquilo que nos aparenta ser o bem, mais especificamente por um engajamento naquilo que aparenta ser o bem e assim tendo consciência de si mesmo. Somos o que queremos ser, o que escolhemos ser; e sempre poderemos mudar o que somos.


Nesse sentido, o existencialismo sartriano concede importante relevo a responsabilidade: cada escolha carrega consigo a obrigação de responder pelos próprios atos, um encargo que torna o homem o único responsável pelas conseqüências de suas decisões. E cada uma dessas escolhas provoca mudanças que não podem ser desfeitas, de forma a modelar o mundo de acordo com seu projeto pessoal. Assim, perante suas escolhas, o homem não apenas torna-se responsável por si, mas também por toda a humanidade.


Sartre nega, ainda, a suposição de que haja um propósito universal, um plano ou destino maior, onde seríamos apenas atores de um roteiro definido.


 


 


 

23.8.09

Joana D'Arc Sexo frágil ?????





















Joana d’Arc nasceu em 6 de janeiro de 1412, na cidade de Domremy, filha de humildes componeses. Em 1425 estava em andamento a Guerra dos Cem Anos entre França e Inglaterra, e os Ingleses haviam invadido grande parte do território Francês, chegado até Orleans, ao sul de Paris, e pretendiam conquistar todo o restante do país. Nesta época a camponesa teve a primeira de uma série de visões de São Miguel, onde ele lhe aparecia trajando armadura e montando um cavalo. Teve também visões de Santa Catarina e Santa Margarida. Nestas primeiras visões ela era exortada a orar muito e se preparar para uma difícil missão. Apenas dois anos depois, novas visões lhe revelaram qual seria sua missão. Ela deveria libertar a cidade de Orleans dos Ingleses. Depois deveria também unir e libertar toda a França, o que só poderia ser conseguido se o herdeiro legítimo, Carlos VII, fosse coroado na Catedral de Reims. Mas esta cidade também estava dominada pelos Ingleses


Eram tarefas praticamente impossíveis, principalmente para uma jovem de apenas 13 anos. Mas a fé de Joana era imensa, e ela começou a orar e preparar-se para sua missão. No entanto, a época medieval era propícia a todo tipo de crendices e supertições, e enquanto alguns diziam que ela era abençoada, outros garantiam que ela tinha feito um pacto com o demônio. Em pouco tempo, aquela menina já era conhecida como a Donzela de Orleans, e as histórias de suas visões corriam de boca em boca, não tardando a chegar aos ouvidos do rei Charles II, que mandou chamá-la para averiguar quem era aquela jovem sobre a qual todos falavam.


Após a audiência, o Rei estava emocionado e plenamente convencido da veracidade de suas palavras e de sua fé. Concedeu-lhe então título de Filha do Rei e Verdadeira Herdeira da França. Concedeu-lhe também uma armadura, um cavalo, a chefia sobre um grupo de soldados, e a enviou a Orleans, com a missão de juntar-se ao exército e combater os Ingleses. Como brasão, Joana adota para seu grupo de guerreiros a imagem da Flor de Lis acompanhada das palavras Jesus e Maria.


Em 8 de maio de 1429, tendo Joana D’Arc à frente, os franceses conseguem uma grande vitória sobre o inimigo, e com apenas 17 anos, aquela jovem passa a ser saudada como heroína em todo o país. Mas isto não é tudo, e as vitórias prosseguem, sempre sob o comando e orientação da Donzela de Orleans. Em 18 de junho do mesmo ano os Ingleses sofrem nova derrota em Patay, abrindo caminho para sua derrota definitiva. E finalmente, em 17 de julho de 1429, na Catedral de Reims, Carlos VII é coroado Rei da França, cumprindo assim a missão recebida por Joana. Disse ela nesta ocasião: “Nobre Rei, assim é cumprida a vontade de Deus, que desejava que eu liberasse a França e vos trouxesse a Reims, para receberdes esta sagrada missão e provar à França que sois o verdadeiro Rei”.


Deste dia em diante, porém, tudo começa a mudar. Tendo conseguido seu objetivo, o rei deixa de prestar ajuda às tropas da Donzela de Orleans, fazendo com que elas fiquem fracas e vulneráveis. Isto permite que, em 23 de maio de 1430 Joana seja feita prisioneira em Compiègne pelos ingleses. Estes sentiam por ela um ódio mortal, e a responsabilizavam por todas suas derrotas em território Francês.


Em novembro de 1430 Joana é levada para a cidade de Rouen, que ainda era controlada pelos ingleses e é iniciado um processo contra ela. Suas visões e sua fé são questionadas, e ela é acusada de bruxaria e heresia. Os ingleses querem um pretexto para vingar-se daquela que era a razão principal de sua derrota. E os reis franceses, que já tinham conseguido realizar seu intento, não a socorrem. Joana é considerada culpada, e como era costume entre as condenadas por bruxaria, sua pena é a morte pelo fogo. Em 30 de maio de 1431 ela é amarrada em uma estaca na praça central de Rouen, e os soldados ingleses ateiam fogo à sua volta. Mesmo prestes a morrer Joana recusa-se a renegar sua fé. Sua única atitude é pedir aos soldados uma cruz, que ela beija pouco antes de morrer na fogueira.


Sua morte, no entanto, não foi seu fim. Joana deixava este mundo, mas entrava para a história como mito, inspiração e santa. Aquela jovem camponesa de 20 anos incompletos, em plena época medieval, e tendo como arma principal sua fé, havia conseguido o que muitos generais experientes não tinham logrado até então. Havia tornado-se respeitada e obedecida por milhares de guerreiros rudes e violentos, homens acostumados às sanguinárias batalhas corpo a corpo, e que passaram a ver naquela jovem uma líder. Ela havia norteado o exército da França em sua luta pela liberdade até a vitória final. E havia trazido unidade a um país dividido. 


Hoje em dia, Joana dos Arcos é considerada a maior heroína nacional da França. Seu nome, imagem e história estão presentes em todo o país. Mesmo tendo sido uma guerreira, ela jamais deixou de praticar sua fé. Em reconhecimento por seus milagres, ela foi canonizada em 1920 pelo Vaticano. E hoje pode-se dizer que, graças à Donzela de Orleans, surgiu a noção de França não apenas como um território, mas sim como nação livre e independente.


 Para ir além:


Dica de leitura: Joana D'Arc / Leon Denis


Dica se filme: Joana D'Arc  1999 / Luc Besson

Amelie Poulain

O Fabuloso destino de Amélie Poulain é um filme sobre pessoas comuns que desejam realizar seus sonhos. O início de tudo é bastante conturbado: o nascimento de Amélie, o suicídio de sua mãe em frente a uma igreja, o fetiche de seu pai por um gnomo de jardim e o diagnóstico errado de um problema em seu coração.


seu pai achava que Amélie possuia uma anomalia no coração, já que este batia muito rápido durante os exames mensais que o pai fazia na menina. Na verdade, Amélie ficava nervosa com este raro contato físico com o pai. Por isso, e somente por isso, seu coração batia mais rápido que o normal. Seus pais, então, privaram Amélie de freqüentar escola e ter contato com outras crianças. Sua mãe, que era professora, foi quem a alfabetizou .


Sua infância solitária e a morte prematura de sua mãe influenciaram fortemente o desenvolvimento de Amélie e a forma como ela se relacionava com as pessoas e com o mundo depois de adulta.


Após sua maioridade, mudou-se do subúrbio para o bairro parisiense de Montmartre onde começou a trabalhar como garçonete. Certo dia, encontra no banheiro de seu apartamento uma caixinha com brinquedos e figurinhas pertencentes ao antigo morador do apartamento. Decide procurá-lo e entregar o pertence ao seu dono,anonimamente. Ao notar que ele chora de alegria ao reaver o seu objeto, a moça fica impressionada e remodela sua visão do mundo.


A partir de então, Amélie se engaja na realização de pequenos gestos a fim de ajudar e tornar mais felizes as pessoas ao seu redor. Ela ganha aí um novo sentido para sua existência. Em uma destas pequenas grandes ações ela encontra um homem por quem se apaixona à primeira vista. E então seu destino muda para sempre...


Amelie nos ensina a valorizar os pequenos prazeres da vida... Como por exemplo:


Observar a emoção no rosto das pessoas na sala de cinema; procurar detalhes que ninguém vê; enfiar a mão bem fundo no saco de cereais; e quebrar a casquinha de açúcar do crème brûlée...



Branquinha, vejo muita semelhança entre você e essa personagem, principalmente a de realizar pequenos gestos, que tornam mais felizes, as pessoas que convivem com você.


Um Dom muito valioso nos dias de hoje.


 


 

22.8.09

Maria Antonieta

Casou em 1770, com apenas catorze anos, tornando-se rainha com dezoito anos , quando o seu marido foi coroado rei Luís XVI.


No início da sua vida em Versalhes, num piscar de olhos, Maria Antonieta usou sua nova posição para criar uma certa "fantasia". Dispensou boa parte das damas de companhia, e povoou a corte de gente jovem e elegante. A Rainha adorava organizar corridas de cavalo, e se divertia em passeios de carruagem.


O que mais fascinava Maria Antonieta, entretanto, eram as festas das noites parisienses, e a animação das mesmas. Freqüentava óperas, teatros, e participava de bailes. Nestes, as mulheres compareciam mascaradas. Assim, podia se misturar com plebeus, sem ser, no entanto, reconhecida. Luís XVI não se incomodava em deixá-la ir se divertir sem ele.


 O povo a amava mas ainda era vítima de piadas por não gerar um filho. Entretanto, em 1781 Maria Antonieta teve sua primeira filha, Maria Teresa Carlota.


Ao ter sua primeira filha, Luis XVI, seu esposo, deu-lhe de presente o célebre Petit Trianon, um palácio de pequenas dimensões nas imediações de Versalhes, o qual denominou "novo refúgio". Existindo, afinal, uma "mini-villa" campestre, onde havia vários animais do campo, uma horta e, obviamente, criados para a manutenção do espaço, Maria Antonieta tornou-se mais simples, algo notável nas suas roupas, que se tornavam agora menos complexas e luxuosas. Supostamente, ali terá conhecido o conde Fersen, com quem manteve um romance. Porém este tempo de paz veria o fim brevemente, após diversos escândalos do interior do palácio que viraram manchetes políticas, e de um Inverno rigoroso, que destronou a produção agrícola e emergiu a população num autêntico morticínio, devido à escassez de alimentos e ao frio e, consequentemente, à fome. Estava prestes a começar o declínio de Maria Antonieta.


Tendo desautorizado as reformas financeiras propostas por Turgot e Necker, os seus inimigos apelidaram-na de "a austríaca" ou "madame déficit". Atribui-se, à Maria Antonieta, uma famosa frase: "Se não têm pão, que comam brioches", que teria sido proferida a uma de suas camareiras certa vez que um grupo de pobres foi ao palácio pedir pão para comer. No entanto, é consenso entre os historiadores que a rainha nunca disse a frase, que acabou sendo usada contra ela durante a Revolução Francesa. Os registros históricos mostram, claramente, que, na época de sua coroação, Maria Antonieta se angustiava com a situação dos pobres. Em uma de suas cartas à mãe, ela chega a comentar o alto preço do pão. Diz, também, o seguinte: "Tendo visto as pessoas nos tratarem tão bem, apesar de suas desgraças, estamos ainda mais obrigados a trabalhar pela felicidade deles".


Em 1789, a família real foi detida no palácio de Versailles e levada pelos revolucionários para o Palácio das Tulherias. Ficou aí detida com seu marido e filhos, até que, em 1792, com o auxílio do conde Axel Fersen, foi tentada uma fuga, mas foram reconhecidos e detidos quando passavam em Varennes. Esse episódio ficou conhecido como a "Noite de Varennes".


 O julgamento


Maria Antonieta sentou-se sobre um assento de madeira. Dois meses de Conciergerie haviam feito daquela rainha de 38 anos uma velha. Seus olhos estavam vermelhos de tanto chorar, com hemorragia e os seus cabelos loiros ficaram brancos. O presidente procedeu o interrogatório. Quando lhe foi perguntado seu nome, a acusada respondeu, com voz alta e clara: "Maria Antonieta da Áustria e da Lorena, trinta e oito anos, viúva do rei da França."


As perguntas sucederam-se de modo desordenado, algumas sem a menor importância. De repente, houve o testemunho sensacional de um sapateiro, um certo Simon: Maria Antonieta, durante seu cativeiro, teria submetido seu jovem filho a atos incestuosos. A acusada ficou pálida e visivelmente emocionada: "A natureza se recusa a permitir tal acusação feita a uma mãe", gritou ela: "Eu apelo a todas as mães que por ventura aqui estiverem". Esse tom sofrido produziu sobre todos uma forte impressão. As pessoas recusaram-se a acreditar em tamanha monstruosidade.


No interrogatório, ela foi acusada de ser a instigadora da Guerra Civil. Depois veio a defesa e, então, Maria Antonieta foi condenada à morte e foi decapitada no dia 16 de outubro de 1793. Ela foi ao suplício numa gaiola (Luis XVI teve um carrossel). Seu corpo foi colocado numa fossa comum ao lado de seu marido e após o regresso dos Bourbons, após a derrota de Napoleão, os corpos foram sepultados na Basílica de Saint-Denis (perto de Paris) e no sítio da fossa comum foi edificada a "Capela Expiatoire".


Curiosidade: Dizem que no momento de sua execução distraidamente ela pisou no pé do carrasco, e gentilmente lhe pediu desculpas...


 


Para ir além:


Dicas de leitura: maria Antonieta a última rainha da França / Evelyne Lever


Dicas de filme: Maria Antonieta 2006 / Sofia Coppola

21.8.09

o existencialismo


O existencialismo é uma corrente filosófica e literária que destaca a liberdade


 individual, a responsabilidade e a subjetividade do ser humano. Oexistencialismo considera cada homem como um ser único que é mestre dos seus atos e do seu destino.


"A existência precede e governa a essência." Essa definição funda a liberdade e a responsabilidade do homem, visto que esse existe sem que seu ser seja pré-definida.


O existencialismo foi inspirado nas obras de Arthur Schopenhauer, Søren Kierkegaard, Fiódor Dostoiévski e nos filósofos alemães Friedrich Nietzsche, Edmund Husserl e Martin Heidegger, e foi particularmente popularizado em meados do século XX pelas obras do escritor e filósofo francês Jean-Paul Sartre e de sua companheira, a escritora e filósofa Simone de Beauvoir.


O existencialismo é um movimento filosófico e literário XX, mas os seus elementos podem ser encontrados no pensamento (e vida) de Sócratese e Aurélio Agostinho.


Apesar de muitos, senão a maioria, dos existencialistas terem sido ateístas, os autores Søren Kierkegaard, Karl Jaspers e Gabriel Marcel propuseram uma versão mais teológica do existencialismo.


O existencialismo não é uma simples escola de pensamento, livre de qualquer e toda forma de fé. Sartre não foi criado sem religião, mas a Segunda Guerra Mundial e o constante sofrimento no mundo levou-o para longe da fé. Para os existencialistas cristãos, a fé defende o indivíduo e guia as decisões , Para os ateus, a "ironia" é a de que não importa o quanto você faça para melhorar a si ou aos outros, você sempre vai se deteriorar e morrer. Muitos existencialistas acreditam que a grande vitória do indivíduo é perceber o absurdo da vida e aceitá-la. Resumindo, você vive uma vida miserável, pela qual você pode ou não ser recompensado por uma força maior. Se essa força existe, por que os homens sofrem? Se não existe, por que não cometer suicídio e encurtar seu sofrimento?


 A existência precede e governa a essência.


É um conceito da corrente filosófica existencialista. A frase foi primeiramente formulada por Jean-Paul Sartre, e é um dos princípios fundamentais do existencialismo.




O Que significa então que a existência precede a essência? Significa que o homem primeiramente existe, se descobre, surge no mundo; e que só depois se define. O homem, tal como o concebe o existencialista, se não é definível, é porque primeiramente é nada. Só depois será, e será tal como a si próprio se fizer."


"O homem está condenado a ser livre"


liberdade implica fazer escolhas, as quais só o próprio indivíduo pode fazer. Muitos de nós ficamos paralisados e, dessa forma, nos abstemos de fazer as escolhas necessárias. Porém, a "não ação", o "nada fazer", por si só, já é uma escolha; a escolha de não agir. A escolha de adiar a existência, evitando os riscos, a fim de não errar e gerar culpa. Arriscar-se, procurar a autenticidade, é uma tarefa árdua, uma jornada pessoal que o ser deve empreender em busca de si mesmo.


Kierkegaard, Nietzsche e Heidegger são alguns dos filósofos que mais influenciaram o existencialismo. Nietzsche, freqüentemente caracterizado como ateu, Na verdade, valorizava e exaltava a vida como única entidade que carecia de louvor. Prova disso é o eterno retorno em que ele afirmava que o homem deveria viver a vida como se tivesse que vivê-la novamente e eternamente. A implicação disso é uma extrema valorização da vida, ele era sim ateu, e para ele, dentre os inteligentes o pior era o padre, pois conseguia incutir nos pensamentos do rebanho, fundamentos falsos, exteriores e metafísicos demais, que só contribuíam para o afastamento da vida.


Os existencialistas explicam por que algumas pessoas se sentem atraídas à passividade moral baseando-se no desafio de tomar decisões. Seguir ordens é fácil; requer pouco esforço emocional e intelectual fazer o que lhe mandam. Se a ordem não é lógica, não é o soldado que deve questionar. Deste modo, as guerras podem ser explicadas, genocídios em massa podem ser entendidos. As pessoas estavam apenas fazendo o que lhe foi dito.


Há duas linhas existencialistas A primeira, de Kierkegaard, Schopenhauer, Nietzsche e Heidegger é agrupada intelectualmente. Esses homens são os pais do existencialismo e dedicaram-se para estudar a condição humana. A segunda, de Sartre, Camus e Beauvoir, era uma linha marcada pelo compromisso político.