6.8.09

Existencialismo


O Diabo e o Bom Deus


 


“(...) Supliquei, pedi um sinal, enviei mensagens ao Céu: nenhuma resposta. O Céu ignora até o meu nome. Eu me perguntava, a cada minuto, o que eu poderia ser aos olhos de Deus. Agora, já sei a resposta: nada. Deus não me vê, Deus não me ouve, Deus não me conhece. Vês este vazio sobre nossas cabeças? É Deus. Vês esta brecha na porta? É Deus. Vês este buraco na terra? É Deus ainda. A ausência é Deus. O silêncio é Deus. Deus é a solidão dos homens. Eu estava sozinho: sozinho, decidi o Mal; sozinho inventei o Bem. Fui eu quem trapaceou, eu quem fez milagres, eu quem se acusa, agora, eu, somente, quem pode absolver-me. Eu, o homem. Se Deus existe, o homem nada é; se o homem existe... para onde vais?



É por demais fascinante a maneira com que Sartre desenvolve sua peça bem como a precisão e inteligência com que coloca as frases dos personagens.


 é possível tornar explícita a questão de Deus bem como do Bom Diabo, ou melhor, do Diabo, do Bem e do Mal, da seguinte forma: tanto Deus quanto o Diabo nesta peça são sinônimos do poder para matar, ordenar, amar, roubar, legitimar, vingar etc. Nobres, religiosos, militares, pobres, doentes, marginalizados enfim, todos procuram se apoderar de Deus, que é o Bem, para defenderem os seus interesses e legitimarem suas ações. Contudo seus intentos e atos, parece que na maioria das vezes, são carregados de anseios particulares com vistas ao benefício próprio. Benefícios esses que favorecem o detentor de Deus–Bem, porém são maléficos (Diabo–Mal) para todos aqueles que sofrem para que um se beneficie. Vê-se portanto que Deus e Diabo não passam de conceitos criados a fim de legitimar o poder de uma(s) pessoa(s) sobre a(s) outra(s).  Sendo assim, o ser humano seria incapaz de viver somente com o Bem–Deus ou somente com o Mal–Diabo, ambos são necessários.  então é necessário os dois existirem para que o ser humano caminhe e tenha em quem jogar a culpa por seus fracassos e êxitos.


O existencialista, pensa que é extremamente incômodo que Deus não exista, pois, junto com ele, desaparece toda e qualquer possibilidade de encontrar valores num céu inteligível; não pode mais existir nenhum bem a priori; já que não existe uma consciência infinita e perfeita para pensa-lo.


Se Deus não existe, não encontramos, já prontos, valores ou ordens que possam legitimar a nossa conduta. Assim não teremos nem atras nem a frente nenhuma justificativa para nossa conduta . Estamos sós , sem desculpas. É o que posso expressar dizendo que o homem está condenado a ser livre. Condenado, porque não se criou a si mesmo mas por estar livre no mundo  estamos condenados a ser livres.


O existencialista não pensara nunca, que o homem possa conseguir o auxilio de um sinal qualquer que o oriente no mundo, pois é o homem  quem decifra os sinais.

4 comentários:

  1. carregamo com nos um senssor que nos denuncia é nossa marca o medo,que nos protege oque mas alto grita mais cedo irá partir!

    ResponderExcluir
  2. o bem e o mal o +e - duas metades uma engolindo a outra como uma carga elétrica só existe com diferência de potencial,porem na logica terá que ter o fim.e agora josé...

    ResponderExcluir
  3. que eles existem ,é sabio só que o tempo é parado en relaçãm aos elementos que se movem a éssas altura do que já andarãm já seperderam dos mundo éssa é a razãm das entidades aliens estárem apavoradas e montarem fazendas em todos universsos pss,nem asparedes confeçam mas alas podem gravar éssa pratica a muito já é comum.

    ResponderExcluir
  4. não estagmos sosinhos, já é sabio.porisso ma duvida outro fiél amigo do homem é manter-se calado nada de antenas de rádios mem maves explodindo antes de sáirem do sólo até que sejá lá o que for deverá ser, benvinda.

    ResponderExcluir